É possível ser fluente em um idioma em seis meses?
Avaliamos uma propaganda nas redes sociais que promete que é possível sim. A gente fez um react e contrapôs os argumentos. “Será possível mesmo?”
Avaliamos uma propaganda patrocinada nas redes sociais com essa promessa…
Estava rolando uma propaganda sobre como aprender inglês e se tornar fluente em 6 meses. Pareceu tão absurdo que decidimos fazer um react do que vimos e rebater os argumentos apresentados…:
“Todos os brasileiros tem sido enganados. A forma como inglês é ensinado por aqui está completamente errada. Por que apenas 1% da população fala o idioma fluentemente?”
1% da população corresponde a mais de 2 milhões de pessoas! Se essa quantidade conseguir falar inglês fluentemente, já podemos considerar uma vitória, não? Afinal a maior parte dos nossos conterrâneos precisa se preocupar com uma realidade de preocupações (nem sempre o mês “fecha positivo”…). Outra parte não está interessada em aprender o idioma.
Ainda há outras fontes que sugerem que 5% dos brasileiros falam inglês fluentemente. Ou seja, mais de 10 milhões!
“Existe uma forma de você programar o seu cérebro em 6 meses e ficar 100% fluente em inglês”
Sejamos realistas: os professores estrangeiros da PLCC Idiomas moram no Brasil há mais de 5 anos. Todos eles. E nenhum deles fala português fluentemente até hoje, vivendo o idioma na sua totalidade, no dia-a-dia!
É um fato que nenhum deles estuda português formalmente… Mas quer escola, intercâmbio e imersão melhor do que a vivência do cotidiano?
Qualquer brasileiro com uma média de 40 anos, fluente no idioma, erra o português, esquece palavras e expressões, pode ter um linguajar mais rico ou pobre. Tudo depende das influências, que levam tempo. Que estão relacionadas com maturidade.
Não seria um pouco prepotente achar que é possível alcançar tal proeza em 6 meses, quando muitas outras pessoas engajadas levaram anos, e entendem que precisam de manutenção sempre, afinal a língua é “viva”?
“Não foi difícil você se tornar fluente em português, certo? Por que seria em inglês?”
Porque você aprendeu português desde cedo, quando o seu HD (cérebro) ainda estava vazio e você não tinha nada mais com o que se preocupar a não ser se comunicar. Era o idioma falado pelos seus pais (ou quem quer que seja que tenha te criado). Nos restava apenas copiar o que eles diziam…
“Imagine se tornar tão fluente e até sonhar em inglês?”
Ninguém fica “tão fluente”. Ou você é fluente ou não é…
Sonhar em inglês não é uma regalia apenas dos fluentes. Qualquer pessoa que comece a estudar e praticar já está passível de ter sonhos assim.
Resumindo:
Tem pessoas que são mais sinestésicas, auditivas e outras mais visuais. Cada pessoa vem com uma referência do idioma. Umas estudam mais e outras menos. Não é possível acreditar que exista apenas uma metodologia para ficar fluente…
A dieta de uma pessoa é baseado no objetivo dela (engordar, emagrecer, ficar mais saudável…), na quantidade de calorias gastas por dia, nos hábitos e gostos. A única dieta universal que existe é a de priorizar alimentos naturais aos industrializado, certo? Ainda assim, a quantidade, combinações e horários variam de pessoa para pessoa.
A mesma lógica se aplica à qualquer aprendizado. Nosso cérebro é uma máquina. Mas assim como o “machine learning”, ele só aprende com a prática…
O nosso slogan resume bem isso: “Nenhum aprendiz é igual ao outro. Por que o seu aprendizado deveria ser?”
Avaliamos uma propaganda nas redes sociais que promete que é possível sim. A gente fez um react e contrapôs os argumentos. “Será possível mesmo?”
A falta de tempo, dificuldade de pronúncia e tendência a aprender com base em sua língua materna são obstáculos que os adultos enfrentam.
Um idioma reflete muito a identidade, cultura e os valores de um povo. Ou vice-versa. O vocabulário usado por certas nacionalidades dizem muito sobre como se comportam e pensam.
É mais fácil lembrar da explicação acadêmica do seu professor de física ou das aulas com rimas e piadas do professor de português?
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