Será que você também faz parte da estatística que mostra que a maioria dos brasileiros do mundo corporativo com mais de 25 anos viram a língua inglesa pela primeira vez na adolescência e mantiveram contato com ela de alguma forma até os tempos de hoje e mesmo assim não têm nível pra uma conversação (E veja bem: eu disse ‘nível de conversação’ e não ‘fluência’)?

Será que o problema foi o método? Ou o professor? Ou o material? Ou a sua disciplina e interesse? Ou a sua ‘desconexão’ com a língua?

Eu acredito que possa ser tudo isso. Mas o principal motivo, na minha opinião, está fora do nosso controle. Ou pelo menos estava, até você entender do que se trata.

De quem é a culpa então?

Do nosso sistema acadêmico, da nossa cultura e dos nossos pais.

Me explico: somos ensinados a estudar hoje porque teremos prova amanhã. Logo, estamos engajados com a ideia de decorar o assunto pra tirar nota na prova apenas. Então, quanto mais próximo da prova estudarmos, mais “fresco” o assunto estará.

Acreditamos ainda que o simples ato de assistir aulas nos fará mais inteligentes e que nos fará aprender.

Eu posso dizer que tenho uma ótima memória, e bem seletiva. Mas quando o assunto é mais complexo que apenas memorizar vocabulário, eu sei que precisarei ver mais exemplos, associar com músicas ou filmes, buscar notícias que usem esta estrutura, perguntar a alguém. E precisarei fazer isso por mais que um dia, do contrário meu cérebro descartará essa informação.

É quando a gente lembra da estrutura, sem fazer força, que ela de fato enraizou. E isso não acontece em uma aula de 1 hora apenas… 😔